quarta-feira, 29 de julho de 2009

Se o Papa o diz...

"Se o pão é o símbolo do que o homem precisa, por seu lado o vinho é o símbolo da superabundância da qual também temos necessidade. Ele é sinal da alegria, da transfiguração da criação. Tira-nos da tristeza e do cansaço do dia a dia e faz do estar juntos uma festa. Alegra os sentidos e a alma, solta a língua e abre o coração; e transpõe as barreiras que limitam a nossa existência".

Joseph Ratzinger

domingo, 26 de julho de 2009


A imagem que vos mostro é parte da região demarcada que a toda a força querem afogar.Interesses privados que falam sempre mais alto do que as verdadeiras necessidades do povo.A nostalgia que já está criada sem a obra estar terminada, as gentes destas terras que se sentem revoltadas, mas que ao mesmo tempo nada conseguem fazer! Gente pacifica que mói por dentro uma revolta enorme. Eu sou parte dessa gente, desse povo!
A imagem é da fantástica paisagem do rio Tua, na margem direita podemos ver a linha de comboio.
Convidava todos a fazerem a viagem do Tua a Mirandela, mas infelizmente até já isso nos tiraram...
Que esperança, que futuro???

E depois da Pérsia tinha de chegar até nós!

Portugal é um dos países de mais forte e longínqua tradição vitivinícola, representado actualmente por cerca de 248000 há em superfície de vinha com destino à produção de vinho, sendo o 5º produtor europeu e o 10º a nível mundial, com um pouco mais de 7 milhões de hectolitros ano.
A cultura da vinha na área que hoje Portugal compreende é muito anterior à sua fundação. Remonta ao tempo dos tartéssios (200 A.C) que cultivariam a videira algures no sul da península Ibérica. Documentos mais concretos apontam para a possível introdução de castas e comercialização de vinho por dos Fenícios (séc. X A.C), Gregos (séc. VII A.C) e Celtas (séc. VI A.C). contudo, é a partir da ocupação romana, concluída 15 anos A.C , que a vitivinicultura toma um incremento concreto através do cultivo de novas castas provenientes do Mediterrâneo, de praticas culturais das quais se salientam a poda e a condução da vinha, e técnicas enológicas, de que lagares cavados na rocha prensas e ânforas de fermentação e conservação são testemunho. A expansão da cultura da vinha faz-se então progressivamente, de sul para norte, conquistando lugar ao consumo de cidra e cerveja, usual não só nos povos autóctones, mas também dos Bárbaros invasores (Suevos e Visigodos) que com eles se fundiram.
A chegada do Cristianismo á península Ibérica (séc. II D.C) dá também forte incremento á produção e consumo de vinho, alem do mais, muito associado a celebração Eucarística. Mesmo com a ocupação Árabe que se inicia no ano 711, ate ser totalmente eliminada em 1249 pela conquista do Algarve aos Mouros, a cultura da vinha é tolerada nomeadamente a nível dos Moçárabes, a quem o consumo de vinho era permitido por parte do poder dominador Muçulmano.
Novo impulso surge na idade média, em particular após a fundação da nacionalidade, pela necessidade de povoamento do território e consequente arroteamento de terras maioritariamente destinadas á produção de cereais, azeite, castanha e vinho. São então concedidos inúmeros foros as populações, e doações as Ordens Religiosas, as quais a semelhança do que se passou noutras regiões vitícolas europeias, deram enorme incremento não só á cultura da vinha mas também a técnicas enológicas para a produção de vinhos de qualidade. De facto, já nos séculos XII e XIII o vinho constituía o principal artigo agrícola de exportação, ocupando posteriormente o Algarve no séc. XIV, a província de maior relevo, juntamente com os vinhos dos arredores do Porto e do Douro, já com exportações para a França e Flandres, e os licorosos de Moscatel e Malvasia provenientes da zona de Setúbal. Mas é pela barra de Viana do Castelo que no séc. XV, os vinhos começam a ter uma comercialização verdadeiramente regular com destino a Inglaterra, pela implantação de feitorias em Viana e Monção. É também nessa altura que os vinhos da Madeira ganham nome no mercado Inglês atingindo o seu expoente no séc. XVI.
Durante o séc. XIX a cultura da vinha continua a constituir uma das principais actividades agrícolas Portuguesas, não havendo contudo, salvo a Região Demarcada do Douro, regiões com especificação legalmente constituída. Elas surgem um pouco depois, em 1907 e 1908, ainda no reinado de D.Carlos, pela mão de João franco, através das demarcações, respectivamente, do Moscatel de Setúbal, primeiro, e dos vinhos verdes, colares, Carcavelos e dão, depois já após a implantação da republica, surge a demarcação de Bucelas em 1911 e da Madeira em 1913. Um considerável interregno ocorre até á criação da região da Bairrada, em 1979 e das Denominações Algarvias, em 1980.
Em 1988 e 1989 delimita-se 27 Indicações de Proveniência Regulamentada (I.P.R), ou seja, zonas consideradas com potencial vitivinícola especifico para produção de V.Q.P.R.D. , passando por um período transitório para que satisfaçam as condições exigidas á sua elevação a D.O.C. , nomeadamente pelo reconhecimento da qualidade dos seus vinhos e pela constituição de Comissões Vitivinícolas Regionais.
Actualmente estão consagradas 26 D.O.C

sábado, 18 de julho de 2009

Vinho sem álcool

Lancers Rosé Free é o nome do “vinho” que está agora a ser lançado em Portugal pela José Maria da Fonseca. O Free já é comercializado na Suécia mas será vendido noutros mercados.
A equipa do enólogo Domingos Soares Franco usou uma técnica chamada de “spinning cone” para extrair o álcool de um vinho rosado normal e o resultado é o Lancers Free, com apenas 0,5% de taxa de álcool. Este produto, se é que podemos chamar-lhe vinho, tem vindo a ser testado junto de vários consumidores. O Free esteve, por exemplo, no último Encontro com o Vinho e Sabores, em Novembro passado.
O comunicado de lançamento diz que o Free “tem um sabor idêntico ao original, pode beber-se à vontade, sem receios de efeitos secundários e com menos calorias”.
A José Maria da Fonseca, que faz em 2009 175 anos de idade, prevê vendas aproximadas de 100 mil litros no primeiro ano. O Free já está em comercialização na Suécia mas irá para outros mercados, como Estados Unidos, Noruega e Canadá. Como quase não tem álcool, este produto pode ainda abrir as portas de novos mercados como, por exemplo, os Países Árabes.
A José Maria da Fonseca está também a estudar o lançamento do seu primeiro ‘vinho’ branco sem álcool, que deverá acontecer em breve.

Fonte: revista vinhos

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Solidariedade

A Quinta do Vallado doou 18 mil euros à Associação Via Nova, através do projecto "Adelaide" que pretende dar continuidade à obra social da histórica Dona Antónia Adelaide Ferreira - a "Ferreirinha da Régua".

Os responsáveis pela Quinta do Vallado, Francisco Ferreira e João Álvares Ribeiro, são tetranetos de Dona Antónia, que viveu no século XIX e historicamente ficou conhecida como a "Ferreirinha", tendo dedicado a sua vida à cultura da vinha e à produção de vinho, no Douro.

Apesar de liderar os negócios com "mão de ferro", Dona Antónia ficou também conhecida como a "mãe dos pobres" pela ajuda que lhes proporcionava e por, entre outros feitos, ter mandado construir o Hospital da Régua.

Foi para dar continuidade à sua obra, que a Quinta do Vallado, segundo João Álvares Ribeiro, lançou o projecto "Adelaide", que envolve 100 personalidades portuguesas e cujas receitas revertem a favor de uma instituição de solidariedade social.

António Barreto e Artur Santos Silva são duas das personalidades que dão o rosto à iniciativa.

O Vallado convidou este grupo a adquirir duas garrafas do vinho Adelaide 2005, lançado no mercado em 2008. Cada garrafa foi vendida a 90 euros.

João Álvares Ribeiro considera que o Adelaide nasceu para ser um "dos melhores vinhos nacionais", que "só será produzido em anos em que as condições sejam excelentes".

Este vinho é produzido a partir das vinhas mais antigas da quinta, onde estão plantadas mais de 40 castas diferentes com uma reduzida produtividade de 300 gramas de uvas por planta.

João Álvares Ribeiro salientou que, sempre que o Adelaide volte a ser produzido, a Quinta do Vallado voltará a repetir esta iniciativa, junto do mesmo grupo de personalidades.

A primeira a beneficiar do projecto foi a Associação Via Nova, uma instituição de Vila Real destinada a acolher crianças e adolescentes abandonados e em risco.

Um dos responsáveis pela associação, o padre Manuel Queirós revelou-se "muito satisfeito" com o apoio, salientando "as grandes dificuldades financeiras" da instituição.

A Via Nova, criada em 2004, acolhe actualmente 20 rapazes numa vivenda e num apartamento T4, provenientes de famílias desestruturadas, problemáticas e negligentes.

Já com terreno cedido pela Câmara de Vila Real, a grande ambição da associação é construir uma sede de raiz "mais adequada e própria para minimizar despesas e alargar o campo de apoio social".

Fonte: dn.sapo.pt