A mitologia romana atribui a Saturno a introdução das primeiras videiras na Península Ibérica, ela era imputada a Hercules.
Na Pérsia, a origem do vinho era também lendária:
Conta-se que um dia, quando o rei Djemchid se encontrava refastelado à sombra da sua tenda, observando o treino dos seus archeiros, foi o seu olhar atraído por uma cena que se desenrolava próximo: uma grande ave contorcia-se envolvida por uma enorme serpente, que lentamente a sufocava.O rei deu imediatamente ordem a um archeiro para que atirasse.Um tiro certeiro fez penetrar a flecha na cabeça da serpente, sem que a ave fosse atingida.Esta, liberta, voou até aos pés do soberano, e aí deixou cair umas sementes, que este mandou semear.Delas nasceu uma viçosa planta que deu frutos em abundância.
O rei bebia frequentemente o sumo desses frutos.Um dia, porém, achou-o amargo e mandou po-lo de parte; alguns meses mais tarde, uma bela escrava, favorita do rei, encontrando-se possuída de fortes dores de cabeça, desejou morrer.Tendo descoberto o sumo posto de parte, e supondo-o venenoso, bebeu dele.Dormiu (o que não conseguia havia muitas noites) e acordou curada e feliz.
A nova chegou aos ouvidos do rei, que promoveu o vinho à categoria de bebida do seu povo, baptizando-o Darou-é-Shah « o remédio do rei ».
Quando Cambises, descendente de Djemchid, fundou Persépolis, os viticultores plantaram vinhas em redor da cidade, as quais deram origem ao célebre vinho de Shiraz.
A vinha era objecto de enormes cuidados, e o mosto fermentava em grandes recipientes de 160 litros, as canforas. Foi este vinho que ajudou a dar coragem aos soldados de Cambises na conquista do fabuloso Egipto!
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